Algumas caracteristicas dos seres humanos se assemelham bastante a de seres biológicos em seu comportamento e um deles de maior relevância é a corrupção e defraudaçsão as pessoas que usam de astucia para se beneficiarem do trabalho e da produção de outras pessoas os parasitas
Saiba mais sobre parasitas e como eles sobrevivem, conheça sua divisão em filos,
formas de transmissão entre seres humanos, relação com o hospedeiro, etc.
O ciclo ideal do toxoplasma se dá entre o gato e o rato. Dentro do rato, hospedeiro intermediário, ele se reproduz assexuadamente. Depois do almoço, uma vez dentro do gato, o toxoplasma se reproduz sexuadamente e produz células resistentes chamadas oócitos, que vão parar nas fezes do gato e contaminam tanto o solo quanto a água.
Mas o toxoplasma também é capaz de infectar outros mamíferos, de humanos a golfinhos. Graças a isso, é um dos parasitas mais distribuídos e presentes. Quando contraímos ele através do solo, água e até mesmo carne mal preparada, ele se comporta como se estivesse em um rato.
Ao nos infectar, ele se esconde em células do sistema imune chamadas células dendríticas, e as induz a circular mais no corpo. As células dendríticas têm acesso privilegiado no nosso corpo e são capazes de entrar no cérebro, levando consigo o toxoplasma, como um cavalo de Tróia. No nosso cérebro, ele se aloja em células da glia, auxiliares dos neurônios. Lá o toxoplasma se reproduz aos montes, e manipula o sistema imune para controlar sua população em ciclos de sobe e desce. Nada que cause muitos problemas em pessoas saudáveis. O problema acontece nos imunocomprometidos, como portadores de AIDS e fetos. Nestes, não há resposta imunológica que controle a população do toxoplasma e ele causa graves danos neurológicos, daí a preocupação das grávidas com a toxoplasmose.
Toxoplasma acompanhado infectando rato, após 18 dias já se encontra na amígdala. ©PNAS, 2008
De volta ao rato, quanto mais o toxoplasma favorecer sua transmissão para o gato, mais será favorecido pela seleção natural. E é justamente o que ele faz. Uma vez dentro do rato, o toxoplasma se dirige para o cérebro , mas uma região bem específica dele, a amígdala. A amígdala é o centro de controle das emoções do cérebro. O que ele faz lá?
Ratos infectados apresentam algumas reações diferentes. Deixam de evitar locais iluminados e o mais bizarro: os ratos perdem o medo do cheiro da urina de gatos . Em laboratório, pingar urina de gato em uma câmara de um labirinto é garantia de que os ratos evitarão aquele lugar. Já os ratinhos com toxoplasma circulam perfeitamente lá dentro, chegando inclusive a ter mais interesse pelo local. Outras respostas, como o medo de tomar choque continuam intacta. Ou seja, o toxoplasma é capaz de alterar um medo específico do rato! Coisa que anos de psicanálise não fariam.
Sabendo disso, cientistas começaram a se perguntar o mesmo que você deve estar se perguntando agora. Mas o toxoplasma não se comporta do mesmo jeito no ser humano e no rato?
Não que ele nos faça perder nosso medo de urina de gato, mas algumas relações intrigantes apareceram. Há uma grande correlação entre pessoas que sofrem de esquizofrenia e portadores de toxoplasma. Pior, remédios que tratam esquizofrenia, como haloperidol, matam o toxoplasma, deixando uma dúvida sobre quem o remédio trata.
E isso vai além. Em uma outra pesquisa , mulheres com toxoplasmose foram identificadas como mais afetuosas, inseguras e persistentes. Já os homens, mais ciumentos e menos interessados por novidades.
Pense agora que metade das pessoas do mundo têm toxoplasmose e que nossa cultura é construída pela interação de todas as mentes…
Será que esse parasita pode ser mais um dos milhares de fatores que influenciam nossa cultura??
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