03/12/2011

Sentir-se confortável e seguro diante do professor é estimulante para qualquer aluno


As principais pesquisas em Educação do mundo mostram que um bom professor é capaz fazer qualquer aluno aprender e ainda é capaz de potencializar seus estudantes. O professor é o principal responsável pelo sucesso da aprendizagem e sua atuação em sala é determinante para o desempenho dos alunos. "A qualidade de um sistema educacional não será maior que a qualidade de seus professores", consta no levantamento "Os Sistemas Escolares de Melhor Desempenho do Mundo Chegaram ao Topo", realizado pela consultoria McKinsey.

"Não existe educação de qualidade sem o bom professor. O professor é o profissional mais estratégico para uma boa aprendizagem, é a peça chave e por isso precisa estar apto para transmitir o conteúdo de forma adequada", diz a secretária de Educação Básica do ME, Maria do Pilar Lacerda Almeida e Silva.

Aptidão para ensinar a matéria não depende apenas do domínio do conteúdo. O saber é importante, mas há inúmeros pontos que fazem do professor, um profissional de qualidade. Para identificá-los e cobrar do diretor uma melhor seleção e estímulo e para que o professor do seu filho esteja em condições de lecionar adequadamente é preciso estabelecer alguns critérios e ficar atento.

1. O bom professor tem uma formação de qualidade
O que é uma formação de qualidade? Não é apenas dominar o conteúdo que será ensinado, mas saber a melhor maneira de passar esse conteúdo. Foi-se o tempo em que escrever a matéria na lousa e pedir para os alunos copiarem significava algo. Hoje, sabe-se que o bom professor precisa dominar as técnicas de ensino, a didática. Saberes relacionados a tecnologias no ensino também são interessantes. É importante que a formação dos professores não tenha se limitado a dados e disciplinas teóricas. Antes de mais nada, ele deve ter aprendido na faculdade tanto os conteúdos quanto a maneira de ensinar, ou seja, a formação pedagógica (os conteúdos da docência). Isso é, aliás, reiterado pela pesquisa "Professores do Brasil: impasses e desafios", promovida pela UNESCO em 2008.

Outro ponto importante é o início da carreira. Um bom professor deve ter tido contato com outro bom professor. Deve ter feito um estágio e ter sido monitorado durante um período. Depois, ao começar a lecionar, deve ter sido orientado permanentemente. "É essencial uma boa formação inicial, uma carreira com prática orientada, supervisionada por gestores e professores mais experientes", diz Maria do Pilar Lacerda. "O período probatório deve servir não apenas para avaliá-lo, mas principalmente ser encarado como um momento de adaptação e conhecimento da prática, que sem dúvida é o espaço mais formador".

O problema é que nem todo professor tem formação universitária. A pesquisa da Unesco mostra que, na educação infantil, menos da metade dos que exercem as funções docentes (45,7%) cursaram o nível superior. Já entre a 5ª e a 8ª serie, o percentual sobe para 85,5%. No ensino médio, a realidade melhora: 95,4% dos docentes completaram o nível superior.

2. O bom professor não pára de estudar
A ininterrupta formação do professor é um dos fatores essenciais para se ter um professor de qualidade. "É importante ter interesse em novas metodologias, estar sempre atualizado e buscar a própria superação. Isso contribui muito para a formação de bons profissionais", diz Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni (Colegio de Aplicacao da Universidade Federal de Viçosa), melhor escola publica no Enem 2008.

Constituída por atividades que têm como objetivo a construção e a socialização de conhecimentos, a formação continuada vem fazendo parte cada vez mais das perspectivas dos profissionais de educação, que priorizam tanto a formação como cidadão, quanto como docente. "A oportunidade de desenvolver o conhecimento por meio de uma formação que seja contínua é direito de todo professor e contribui muito para sua superação", completa a secretária do MEC Maria do Pilar Lacerda.

Na prática isso acontece pouco. Segundo dados do último Censo de Profissionais do Magistério da Educação Básica, feito em 2003, apenas 45% dos professores participaram de alguma atividade extracurricular ou curso, presencial semipresencial ou à distância nos dois anos anteriores.

Para agravar ainda mais a situação, o consumo cultural por parte dos docentes é extremamente restrito - mesmo sendo importantes mediadores na transmissão de cultura para os alunos. Pesquisa que traça o perfil do professor brasileiro, promovida pela UNESCO, em 2004, revelou que cerca de 40% dos profissionais entrevistados nunca haviam assistido a uma peça de teatro, 25% jamais tinham ido ao cinema e, por fim, 45% não conheciam um museu ou foram somente uma vez.

3. O bom professor é didático
Todo aluno é capaz de aprender. E todo professor deve ser capaz de ensiná-lo. "De nada adianta um profissional cursar a melhor faculdade, mas não ter didática, paciência e sensibilidade para respeitar o tempo e as diferenças de cada aluno", diz a secretária do MEC, Maria do Pilar Lacerda. O professor deve se valer de técnicas que viabilizem a aprendizagem das crianças.

"Os alunos têm tempos diferentes de absorção de conteúdo, cabe ao professor perceber as dificuldades e a individualidade dos estudantes e assim desenvolver métodos de acessar cada um", explica Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni. Isso, junto ao respeito e a atenção direcionada que o professor pode tranqüilizar os alunos que têm mais dificuldade de aprendizado e fazer com que o desempenho deles melhore a longo prazo.

Produzir materiais individuais, incentivar que os alunos se ajudem entre si e oferecer exercícios de reforço são alguns dos recursos que o professor pode utilizar para que nenhum aluno fique para trás e assim igualar o nível da turma.

4. O bom professor motiva e inspira seus alunos
 
"A maior bandeira que um professor de qualidade levanta é a relação que tem com seus alunos", diz a secretária do MEC Maria do Pilar Lacerda. Uma relação positiva entre o docente e o estudante faz toda a diferença no aprendizado. Sentir-se confortável e seguro diante do professor é estimulante para qualquer um.

Receptividade, paciência, sensibilidade, atenção e respeito são essenciais. "A forma de conduzir os alunos, acompanhá-los, de respeitar as diferenças, ter um bom relacionamento com pais e interesse pelos estudantes favorecem a aprendizagem, assim como a empatia e a disponibilidade, desde que isso não comprometa a autoridade do professor, o que também é importante", explica Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni.


O bom professor entra na realidade do aluno
Para que o aluno se identifique com o professor, é preciso que este conheça sua realidade. "Reconhecer o que é infância, adolescência, respeitar as fases de amadurecimento, identificar diferenças e conhecer o processo cultural nos quais os jovens se envolvem são itens importantes, já que a relação entre professor e aluno inevitavelmente compreende um choque de gerações, valores e culturas", diz a secretária do MEC, Maria do Pilar Lacerda.

Conhecer e imergir na realidade dos alunos é uma característica importantíssima que o professor de qualidade deve apresentar, já que isso representa não apenas uma aproximação entre as duas partes, como um acesso mais fácil e uma adaptação de postura, quando necessário.


6. O bom professor estimula a curiosidade
A curiosidade impulsiona o conhecimento, já que instigados por um determinado assunto, os alunos passam a se interessar mais, buscar novas informações e tirar dúvidas, o que promove o debate e beneficia a aprendizagem. Os alunos devem se sentir bem e à vontade na escola para expressar a curiosidade. A maneira com a qual o professor lida com dificuldade dos alunos é de fato determinante para a aprendizagem, uma vez que inibidos para tirar as dúvidas, as questões não solucionadas se acumulam e consequentemente atrasam e comprometem o desempenho.

"Bons professores brotam de alunos que indagam, que questionam, o que sem dúvida são ótimos caminhos para a aprendizagem. O professor que não responde e se incomoda com estudantes que perguntam demais não passa de um burocrata, ele dá a matéria e pronto, o que de maneira alguma é o ideal", opina Maria do Pilar Lacerda.


7. O bom professor está disponível
Limitar-se à grade curricular é o pior erro que um professor pode cometer. Além de não motivar os alunos e restringir a relação exclusivamente ao âmbito profissional, sem afetividade, o próprio professor sai perdendo, já que os alunos, apesar de estarem na posição de aprendizes, muitas vezes também têm muito a oferecer.

"Criar uma parceria com o aluno, na qual os dois aprendam, estejam abertos a críticas e dispostos a crescer e melhorar é outro fator totalmente determinante no aprendizado dos estudantes. O professor não pode ter uma sensação de auto-suficiência, ao contrario, o conhecimento dele deve ser construído em parceria com o aluno e vice-e-versa, assim, está em constante formação", explica Cataria Greco.


8. O bom professor é valorizado
Assim como os alunos, os professores também precisam ser estimulados. Melhores salários, cargas horárias justas e até mesmo bonificações periódicas são alguns recursos que os gestores das escolas podem utilizar para gratificar os docentes e fazer com que eles se sintam valorizados, o que sem dúvida reflete em seu desempenho em sala de aula.

Conhecer as ações que a escola do seu filho promove para que seus profissionais se sintam motivados é outra maneira de acompanhar de perto a realidade dos professores. Docentes que trabalham em condições corretas consequentemente conseguem transmitir o conteúdo de forma produtiva aos alunos.


9. Como identificar o bom professor
Todos os itens a cima formam um conjunto de atributos que bons professores apresentam. Ser crítico quanto a isso é a melhor forma de verificar a qualidade da escola do seu filho e se os professores têm condições de contribuir para boa aprendizagem de seus alunos. "Isso só acontece de forma adequada quando há uma troca positiva entre o aluno e o professor, o que só é possível com bons profissionais, que posteriormente podem estimular os alunos e assim sucessivamente", explica a orientadora educacional Cataria Greco.

Além da formação, o determinante é a atitude diante dos alunos. "A principal característica que um professor de qualidade apresenta é a maneira de conduzir a curiosidade e as dúvidas de cada aluno", diz Maria do Pilar. Catarina completa, "um bom professor potencializa um bom aluno e vice-e-versa", Catarina Greco, orientadora educacional do Coluni.




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A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADES FISIOTERAPICAS PARA A SAÚDE

Ocupando o corpo física e mentalmente, este responde trabalhando como um organismo mais eficiente. Um pioneiro desta idéia, Joseph H. Pilates disse, “De uma forma geral, os nossos músculos devem obedecer à nossa vontade. De uma forma razoável, nossa vontade não deveria ser denominada pelas ações reflexas de nossos músculos... a “contrologia” começa com a vontade da mente dominando os músculos”. Este diálogo agora tem um “motor, um fio condutor de comunicação que fará com que muitos dos processos do corpo trabalhem de forma menos problemática e mais efetiva para o seu bem-estar.
Além disso, as pessoas que estão fisicamente em forma geralmente são mais equilibradas e mais capazes de lidar com o estresse. O cérebro envia mensagens através da medula e dos nervos para várias partes do corpo para que uma pessoa possa correr andar e nadar. Há um diálogo e um relacionamento constante que o cérebro deve manter com o corpo para que sejamos capazes de suar quando está muito calor, levar o oxigênio até as células dos músculos, transformarem alimento em energia para alimentar as células.
Se você ou algum membro da sua família tem qualquer das doenças mencionadas a seguir, exercitar-se regularmente traz excelentes benefícios:

Doenças cardíacas e derrame cerebral

As atividades físicas podem diminuir pela metade o risco de doenças cardíacas ou de um derrame cerebral. Exercitar-se ajuda a reduzir o risco destas doenças vasculares porque diminui a pressão sanguínea, aumenta o nível de proteção do colesterol HDL, o “bom” colesterol, reduz o risco de coágulos sanguíneos, diabetes e aumento de peso. As pessoas que mantém um estilo de vida ativo tendem a permanecer saudáveis.

Câncer – Os exercícios reduzem o risco de câncer no cólon, uma das principais causas de morte por câncer da mama. Pesquisando as causas das mortes de mais de 17.000 estudantes de Harvard, o Dr. Ralph Paffenbarger Jr. Descobriram que os homens que se exercitam em um nível moderado ou médio apresentam de 25 a 50 por cento menos casos de câncer do cólon do que homens com uma vida menos ativa. Acredita-se que o principal beneficio dos exercícios para o cólon seja a maior velocidade com que o corpo elimina qualquer substancia que possa causar câncer e que passam pelo cólon de pessoas fisicamente ativas.
A drª Rose Firsch, da Escola de Saúde Pública de Harvard, descobriu que entre quase 5.400 mulheres alunas daquela faculdade, as que eram atletas ou treinavam regularmente corriam a metade do risco de desenvolver câncer da mama mais tarde do que as que não treinavam também tinham altas de câncer no útero, ovário, cérvice e vagina. Os exercícios podem ajudar no combate dos agentes cancerígenos em mulheres porque eles reduzem a exposição ao esterogênio durante a vida, o que pode estimular o crescimento de células nos seios e nos órgãos reprodutores.


Osteoporose – Os exercícios, em qualquer idade, podem aumentar a densidade dos ossos e reduzir os riscos de fraturas. Cada ida surgem mais provas de que os exercícios não precisam ser feitos com pesos para aumentar a densidade dos ossos. Os exercícios de resistência, como pedalar, e os movimentos aeróbicos na água também ajudam. Pessoas mais velhas que se tornam ativas também melhoram seu equilíbrio, sua força, coordenação e flexibilidade, o que ajuda a prevenir quedas, que podem resultar em fraturas debilitantes. Os ossos são um tecido fluido que se quebra e se renova constantemente. Para favorecer a renovação e diminuir as chances de quebra, os músculos ligados aos ossos precisam ser contraídos e fortalecidos. Isto produz piezeletricidade, uma força que resulta na precipitação do osso nos pontos de esforço. A menos que os ossos sejam repetidamente sujeitos ao esforço, o processo de quebra supera a renovação e os ossos tornam-se gradativamente porosos e mais fracos. O método pilates pode ajudar a prevenir ossos quebradiços em pessoas idosas.

Diabetes – Pessoas idosas que são fisicamente ativas têm menos tendência a desenvolver diabetes do que as pessoas sedentárias.

Peso – O método Pilates ajuda a manter um peso corporal normal ou, quando combinado com uma redução moderada de ingestão de calorias, permite redução de peso. E, o que é mais importante, os exercícios ajudam as pessoas a perderem gorduras e a ganharem músculos porque o tecido muscular queima mais calorias do que a gordura.Mesmo entre pessoas de peso normal, os exercícios podem equilibrar a perda de tecido muscular delgado relacionado ao envelhecimento e a acumulação de gordura no corpo, especialmente a acumulação de gordura abdominal prejudicial ao coração.

Imunidade – Os exercícios Pilates aumentam a circulação das células com anticorpos que combatem as infecções e os tumores. As pessoas em forma física contraem menos resfriados e outras infecções respiratórias do que pessoas que não estão em forma.

Artrite – Quase todo o mundo com mais de 65 anos têm alguns sintomas de artrite. Os estudos sugerem que exercícios moderados praticados com alongamento, podem reduzir a dor da artrite e a necessidade medicamentos. O pilates ajuda a aliviar a artrite e a ciática.

Depressão – Há muito tempo se sabe que os exercícios ajudam as pessoas a superarem a depressão clinica. Outro beneficio dos exercícios é a experiência de sentimentos positivos.

Memória – mesmo períodos curtos de exercícios podem resultar em uma melhora de adultos mais velhos. Os exercícios também podem levar a um pensamento mais claro e a uma reação mais rápida, ajudando a acelerar a transmissão das mensagens pelos nervos.

Sono – Um estudo feito pelos pesquisadores das universidades de Stanford e de Emory mostrou que em adultos mais velhos que levavam uma vida inicialmente sedentária, os exercícios regulares tais como uma caminhada puxada, melhoravam a qualidade do sono e diminuíam o tempo que eles levavam para começar a dormir. Após varias semanas a disposição aumentou, as atividades exigiam menos energia e eles dormiam melhor à noite.

O PERFIL DO FISIOTERAPEUTA

O Perfil do Profissional:- Capacidade de elaborar o diagnóstico fisioterapêutico, interpretar laudos e exames propedêuticos e complementares detectando as alterações cinético-funcionais apresentadas.- Prescrever, baseado no que foi constatado na avaliação físico-funcional, as técnicas de tratamento fisioterapêuticas adequadas a cada caso.- Dar ordenação ao processo terapêutico, quantificando e qualificando as técnicas fisioterapêuticas indicadas.- Reavaliar sistematicamente o paciente, reajustando ou alterando as condutas terapêuticas, assim como decidir pela alta fisioterapêutica. - Emitir laudos, pareceres, atestados e relatórios.- Capacidade de desenvolver atividades de socialização do saber técnico-científico como palestras, conferências, cursos na sua área de atuação profissional.- Desempenhar atividades de planejamento, organização e gestão de serviços públicos e privados.- Prestar consultoria a empresas,industrias, entidades esportivas na área de sua competência.- Reconhecer e encaminhar adequadamente pacientes portadores de problemas que fogem do alcance de sua formação.- Capacidade de realizar aprendizagens independentes criando novos saberes contribuindo para o crescimento e autonomia profissional.- Sólida formação com referencial teórico-prático embasado em conhecimentos biológicos, humanos e sociais, bio-tecnológicos e fisioterapêuticos.- Formação generalista que lhe possibilite perceber o contexto do mundo e o contexto mais próximo em que se situa como profissional.- Capacidade de criar e aplicar alternativas de solução para os problemas peculiares de sua profissão.- Trabalhar eficientemente em equipes de saúde, reconhecendo, valorizando e adequando-se às competências específicas dos seus integrantes.- Comunicar-se adequadamente com o paciente e seus familiares,lidar com as próprias frustrações e ser sensível ao sofrimento humano. - Manter postura ética, visão humanística, senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania .- Capacidade de avançar continuamente nos conhecimentos e no domínio de tecnologias e práticas pertinentes- Co-participar efetiva e permanentemente da construção de um projeto social em que os homens possam coletivamente buscar respostas às suas inquietações e anseios, numa sociedade em que se institua a igualdade sem eliminar diferenças.- Participar na produção de conhecimentos na área da Fisioterapia utilizando adequadamente procedimentos de metodologia científica.- Saber interelacionar conhecimentos de diferentes áreas para assistir ao indivíduo como um todo.